Com 5 casos de mpox no RS, Secretaria da Saúde afirma que há baixa procura por vacina

  • 07/09/2024
(Foto: Reprodução)
Cerca de 3 mil doses foram distribuídas aos municípios do RS, das quais 1,7 mil já foram aplicadas. Frasco de vacina contra a mpox apicada no RS Marcelo Bernardes/SES O Rio Grande do Sul registrou cinco casos de mpox em 2024, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES). Os casos são de cepas anteriores do vírus, e não da nova, que fez a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar emergência sanitária global em razão da doença. Apesar da preocupação, houve uma baixa procura pelo imunizante para o público alvo, segundo a SES. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp A vacinação pré-exposição é recomendada a pessoas vivendo com HIV/Aids (homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses) e profissionais de laboratórios que trabalham diretamente com Orthopoxvírus. Um levantamento do g1 mostra que o estado recebeu quase 4,2 mil doses do Ministério da Saúde. A SES afirmou que distribuiu cerca de 3 mil doses aos municípios, das quais 1,7 mil já foram aplicadas. "Importante ressaltar que dentre as doses recebidas, 850 foram remanejadas ao Ministério da Saúde, a pedido. Esta divergência entre doses distribuídas e aplicadas pode estar associada ao atraso ou equívoco no registro no sistema de informação, ou ainda, devido a perdas técnicas pela estabilidade da vacina, a qual tem validade de 4 semanas após o descongelamento", diz a SES. A Secretaria da Saúde ainda afirma que o estado possui 339 doses da vacina "destinadas a completar esquema vacinal de pessoas que já iniciaram a vacinação (dose 2) ou vacinar contatos próximos de casos confirmados". Em Porto Alegre, a vacinação está disponível somente para a segunda dose no Sae CSVC e Iapi, segundo a Secretaria Municipal. No dia 19 de agosto, o governo do Rio Grande do Sul publicou alerta epidemiológico com orientações para profissionais de saúde e população em geral em relação à mpox. Para o virologista Fernando Spilki, há uma tendência de aumentos nos casos. "O cenário é claramente de uma nova expansão do número de casos, neste momento associados ao que tudo indica ao Clado II, que provoca uma doença mais branda', projeta. A variante que levou a OMS a declarar emergência é conhecida como Clado Ib. Trata-se de uma linhagem altamente transmissível, com letalidade que pode chegar a 10%. Clado II é a variante do vírus que está circulando no Brasil. Spilki explica que a letalidade está abaixo de 1%, mas pode se elevar, especialmente em pacientes com HIV-Aids. "Para se ter uma ideia, esta letalidade é similar à da gripe em adultos, ou seja, o número pode parecer baixo, mas ainda ouvimos falar de óbitos", compara. Médica sanitarista esclarece dúvidas sobre a Mpox Cinco casos no RS Porto Alegre - 3 casos Um residente no município, infectado no Rio de Janeiro em fevereiro Um residente no município, infectado no Canadá em agosto Um residente em São Pualo, que apenas fez o teste no RS Passo Fundo - 1 caso Um residente no município, infectado em São Paulo em julho Gravataí - 1 caso Uma pessoa, em janeiro Conheça o vírus da mpox e os principais sintomas da doença. Ana Moscatelli/Arte g1 A doença 🧬 É uma zoonose viral: uma doença que foi transmitida aos humanos a partir de um vírus que circula entre animais. Antes do surto de 2022, ocorria principalmente na África Central e Ocidental, sobretudo em regiões perto de florestas, pois os hospedeiros são roedores e macacos. É causada pelo vírus monkeypox, que pertence à mesma família (poxvírus) e gênero (ortopoxvírus) da varíola humana. A varíola humana, no entanto, foi erradicada do mundo em 1980, e era muito mais letal. O primeiro caso foi detectado em humanos em 1970. As complicações são mais comuns em pacientes com problemas no sistema imunológico. Quadros graves estão relacionados ao surgimento de pneumonia, sepse, encefalite (inflamação do cérebro) e infecção ocular, que pode até levar à cegueira. Sintomas 😵 O sintoma mais comum da doença é a erupção na pele, semelhante a bolhas ou feridas, que pode durar de duas a quatro semanas. O quadro pode começar ou ser seguido de febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, apatia e gânglios inchados. As lesões na pele podem afetar o rosto, as palmas das mãos, as solas dos pés, a virilha e as regiões genitais. O número de feridas pode variar de uma a milhares. O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas (período de incubação) costuma ser de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Transmissão 🧪 A principal forma de transmissão da mpox ocorre por meio do contato direto com sangue e fluidos corporais de pessoas ou mucosas de animais infectados, especialmente roedores. Ainda é possível o contágio por via indireta: compartilhamento de vestimentas, roupas de cama, toalhas. "Por isso é importante que pessoas que tenham lesões compatíveis busquem suporte das equipes de saúde, que se mantenha o isolamento dos pacientes e manter a higiene dos ambientes e objetos", observa Spilki. Vacinação 💉 Conforme o virologista Fernando Spilki, a vacinação é recomendada para profissionais de saúde e laboratório que possam estar em contato com pacientes e material de pacientes suspeitos. Pacientes imunossuprimidos também estão em maior risco. "É importante que as pessoas acompanhem as orientações das autoridades sanitárias e é ainda importante e ressaltar que no cenário atual a vacinação em massa não está recomendada", pontua. Cuidados 📋 Conforme as autoridades sanitárias, é possível reduzir o risco de infecção limitando o contato com pessoas que estão sob suspeita de mpox ou que foram diagnosticadas com a doença. Veja, abaixo, alguns exemplos: Quando se aproximar de alguém infectado, a pessoa doente deve utilizar máscara (comum ou cirúrgica), sobretudo se tiver lesões na boca ou se estiver tossindo. Você também deve usar máscara. Evite o contato pele a pele sempre que possível e use luvas descartáveis se precisar ter contato direto com as lesões. Use máscara ao manusear vestimentas ou roupas de cama do doente, caso a pessoa infectada não possa fazê-lo sozinha. Lave regularmente as mãos com água e sabão ou utilize álcool em gel, especialmente após o contato com uma pessoa infectada. Roupas, lençóis, toalhas, talheres e pratos dos infectados devem ser lavados com água morna e detergente. Limpe e desinfete todas as superfícies contaminadas e descarte os resíduos contaminados (como curativos) de forma adequada. Em países onde há animais portadores do vírus Mpox, evite contato desprotegido com animais selvagens, sobretudo se estiverem doentes ou mortos (incluindo contato com carne e sangue do animal). Alimentos com partes de animais devem ser bem cozidos antes de serem consumidos. VÍDEOS: Tudo sobre o RS

FONTE: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2024/09/07/mpox-rs-secretaria-da-saude-afirma-que-ha-baixa-procura-por-vacina.ghtml


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